O tempo demonstrou estar parado por conta da ansiedade que o jovem vinha acumulando, afinal as horas passavam e nada de seus membros de equipe. Talvez houvesse sido abandonado ali, fora chamado apenas para que não importunasse mais alguém ou simplesmente atraído para uma armadilha. Porcaria!
Em um momento de fúria fechou seu punho direito, recuou com o mesmo e então o debateu contra o tronco caído ao qual estava sentado. Aquilo havia doído um pouco, mas em seu pequeno surto de adrenalina não deu a mínima para as dores que percorriam diante de seu sistema de nervoso. Fechou seus olhos, forçou seus dentes uns contra os outros, assim tomou coragem para levantar e então partir, porem uma brisa lhe interrompeu no momento em que se dispôs de pé.
Permaneceu paralisado por alguns segundos, abriu seus olhos e então presenciou algumas folhas secas sendo levadas para o outro lado da clareira, junto a tudo aquilo o cheiro de terra molhada subiria; provavelmente uma chuva estava para vir, apesar das nuvens não estarem muito expostas. O local estava vazio, mas conseguia sentir a presença de mais alguém, mas não conseguia explicar e nem ao menos entender quem era aquele e o que ele queria, entretanto aquela presença apenas acendia uma pequena chama dentro de seu peito, provavelmente era aquilo que todos chamam de esperança.
– Entendo perfeitamente agora... – Desta vez não agiu entusiasmo ou algo parecido, mas sim com determinação e ambição. Levantou seu rosto e então olhou através das pequenas frestas formadas entre os galhos sobre a clareira em que estava, conseguiu observar com atenção o céu que se fechava e escondia o Sol. Conseguiu entender o sentido daquela presença, era alguém real, porem sabia que ele não estava próximo, tinha que encontrá-lo, mas para isso tinha de ter poder, estar preparado para algo que nem ao menos conseguia entender perfeitamente.
Em um único suspiro criou coragem para se mover mais uma vez, privou todos seus pensamentos em algo que já vinha determinado a realizar há algum tempo, finalmente colocaria em prática aquilo e então conseguiria abrir caminho para o que realmente estava procurando. Inclinou seu corpo a frente forçando-se a andar, andejou até o centro da clareira e então parou ali mesmo, fechou seus olhos mais uma vez e sem ao menos tardar em sua movimentação juntou ambos os palmos e procurou canalizar a energia em seu interior, estava conversando com sua alma, conseguia sentir o peso que tinha por carregar algo especial junto a si e pela primeira vez tinha que libertar tudo aquilo, estava pronto para entrar em harmonia consigo mesmo.
Todos os músculos de seu corpo vibravam com a aquela energia que os cercava, junto a estes as árvores ao redor pareciam responder, tudo aquilo estava ligado e estava entendendo finalmente a razão pelo qual um dia lhe disseram que tudo o que precisava sempre esteve abaixo de seus olhos. Todo o País da Raiz sempre pertenceu unicamente a uma pessoa, a única que nasceu com o dom de manipular as vertentes de sua terra, aquela que poderia usar tudo que lhe cerca ao seu bel prazer. Conforme fosse esclarecendo suas respostas a energia vital de seu corpo se atiçava, conseguia liberar aos poucos tudo aquilo que chamam de chackra.
Arrastou seu pé esquerdo poucos centímetros ao lado, realizou o mesmo com seu pé destro e então como de costume fechou seus olhos. Pequenas raízes se levantaram rasgando a superfície do solo após a sua simples movimentação, a sincronia de seu corpo, sua mente e a floresta que o cercava estava acontecendo aos poucos, tudo o que precisava era de um pouco mais de profundidade para que enfim conseguisse liberar de uma única vez e arriscar algo que jamais procurou realizar antes. O ar ao seu lado fora pressionado ao ser agitado pela pequena energia azulada que partia da palma de suas mãos e corria sobre uma pequena camada fina diante do restante de seu corpo.
Levantar uma árvore, flor e até mesmo alguns vigas sempre foi algo que realizou com facilidade, porem agora era diferente, estava em busca de projetar a sua própria floresta. Iria erguer uma floresta maior e mais profunda sobre aquela região, preencheria todas as clareiras que ousassem atrapalhar a flora viva em seu território. Seu chackra unia seu corpo diante daquelas terras, podia sentir isso e com certa garantia tinha a certeza de que seu sucesso viria a ativa.
Times? Não, nunca precisou de nenhum companheiro. Professor? Não tem sentido nenhum, sempre conseguiu aprender tudo sozinho. Era tolice pensar que poderia agir bem em equipe, afinal todos sempre lhe viraram as costas, as coisas sempre foram jogadas acima de seus ombros. O garoto com o dom especial dos Senju jamais deveria desapontar as expectativas.
Seus pensamentos queriam lhe matar, mas aquilo não era o momento certo para se perder nos mesmos, afinal o foco precisava ser mantido para que enfim o seu poder desse as caras. Permaneceu concentrando seu chackra, as pequenas raízes que se formavam ao redor começavam a preencher toda a clareira, todas se expandindo em sincronia, subindo em base um metro de altura.
Um pouco mais de tempo foi o necessário, precisava entrar em um acordo com aquelas terras, não poderia simplesmente usar seu poder e não estabelecer favores para os dois lados. Nunca esteve no comando por ali, apenas esteve em busca de certa união, a própria floresta é quem seria sua verdadeira companheira. As raízes cresciam mais e mais, algumas folhas partiam das mesmas e brevemente já se encontrava exausto e cansado mentalmente. O momento de libertar aquilo finalmente chegou, precisava fazer antes que perdesse o controle e então causasse uma catástrofe. Suas mãos que se encontravam juntas foram forçadas por si mesmo ainda mais, mordeu a parte inferior de seus lábios antes de estufar seus peitos e gritar tais palavras.
– Jukai Kotan! – Sua voz ecoou pelo local que costumava ser uma clareira, seus dedos se entrelaçaram e então um estrondo se levantou pela área.
Foi tudo tão rápido, não teve tempo para presenciar, quando menos esperou já poderia ver novas árvores se levantando diante do amontoado de raízes, tomando o lugar de antigas árvores velhas e crescendo ao meio de outras, tornando praticamente a movimentação algo impossível de se fazer diante da região. Uma raiz grossa se levantou diante de seus pés e guiou seu corpo paralisado e fadigado para cima, trazendo a si uma visão privilegiada da sua própria criação. O que antes era apenas uma pequena floresta tomada por pequenas clareiras brevemente se tornou uma grandiosa selva reinada por árvores gigantescas e firmes, sendo habitada por raízes fortes e armando-se como um verdadeiro forte.
Pela primeira vez conseguiu sentir o verdadeiro poder que tinha em suas mãos, porem ainda estava confuso sobre a maneira de como deveria usar aquilo.
Status Suyo
HP: 500/500
MP: 410/500
ST: 500/500
- Técnica Treinada:
Mokuton Hijutsu: Jukai KōtanRank: A
Descrição: É uma técnica desenvolvida por Hashirama Senju, o fundador de Konohagakure, o usuário obriga árvores a crescer em qualquer superfície, facilmente criando uma floresta densa em qualquer lugar que escolher. Uma pequena planta pode crescer em uma floresta em um instante. Gerando chakra, o usuário manobra ela como entender para ataque e defesa; e além disso, esta técnica onipotente, ainda permite capturar o inimigo ao mesmo tempo. Com sua força de vida enorme, as árvores podem perfurar paredes de barro, e estender seus ramos em suas presas em um instante. Mesmo afirmando que Konohagakure não teria sido estabelecida sem esta técnica não seria um exagero.